Conheça alguns dos nossos projetos de inovação
A área de Tecnologia e Aplicações da empresa conta com especialistas em todos os produtos e serviços que atuam como consultores para os clientes e que são catalisadores de inovação. O trabalho desses profissionais consiste em entender a fundo a necessidade do cliente para identificar qual a solução, aplicação e, quando necessário, personalização ideal. O resultado é a criação e o desenvolvimento de soluções relevantes e eficientes — cerca de 90% das ideias e projetos de inovação são, de fato, desenvolvidos e lançados no mercado. Em média, a companhia conta com mais de 700 projetos ativos como foco nos desafios da White Martins e de seus clientes.
Descarbonização: uma prioridade para a White Martins
Tendo como valores principais a sustentabilidade e o desenvolvimento de tecnologias que visem menor impacto ambiental, a White Martins se orgulha de ser a primeira empresa da América do Sul a produzir hidrogênio verde (H2V) certificado em escala industrial. A companhia conta com mais de 100 anos de expertise global na produção de hidrogênio e está comprometida com o desenvolvimento do mercado de hidrogênio de baixo carbono no Brasil para que o país se torne uma referência mundial na produção deste insumo.
A empresa alemã TÜV Rheinland, referência mundial em certificação, concedeu à White Martins o “Green Hydrogen Certification” no final de 2022. A TÜV Rheinland avaliou e certificou a produção de hidrogênio verde e neutro em carbono na unidade da empresa em Pernambuco de acordo com a Norma TÜV Rheinland H2.21.
O processo de elaboração e implementação do sistema de gestão de hidrogênio verde e sua respectiva certificação levou cerca de três meses. Ao todo, 156 toneladas de H2V são produzidas por ano em escala industrial. Para ser classificado como verde, uma das premissas é que o hidrogênio seja produzido a partir do uso de fontes renováveis. Em Pernambuco, a White Martins pode receber até 1.6 MW de energia solar que é utilizada no processo de eletrólise da água para a produção de hidrogênio verde.
A expectativa é que esta seja a primeira certificação de muitas que a White Martins pretende conquistar no Brasil nos próximos anos. A descarbonização é uma prioridade e a companhia está empenhada em desenvolver projetos que contribuam para a transição energética, em linha com sua missão de construir um mundo mais produtivo e sustentável.
O hidrogênio verde pode colaborar na diminuição das emissões de gases estufa e da preservação da camada de ozônio, por não emitir dióxido de carbono, óxidos de azoto e enxofre. Além disso, é um impulsionador de inovação, sendo considerado o combustível do futuro. Dessa forma, a inovação implementada posiciona a empresa em um novo mercado de enorme potencial de crescimento em escala global e com ganhos sustentáveis para o meio ambiente e para a sociedade.
Hidrogênio de baixo carbono: o futuro da energia
A parceria entre a White Martins e a Toyota possibilitou o desenvolvimento de uma estação de enchimento para o veículo do modelo Mirai, movido por célula de combustível. O objetivo da iniciativa foi fornecer uma solução técnica para ser aplicada nos showrooms e test drives do automóvel no Brasil, na Argentina, no Chile e no Peru. A empresa desenvolveu a solução turnkey que consiste em uma estação de enchimento a 160 bar de pressão, com todos os controles necessários para atingir a velocidade, temperatura e pressão ideais para o enchimento do tanque.
Esta foi a primeira vez que uma estação de enchimento de hidrogênio para um carro foi instalada no Brasil. Foi desenvolvida uma solução 100% local com fornecedores nacionais para atender as demandas específicas do projeto em tempo recorde de três meses, como, por exemplo, o desenvolvimento do bocal específico necessário para o enchimento do tanque do veículo.
Optiview - Impactos de escala global na indústria siderúrgica
A indústria siderúrgica tem buscado adotar práticas e tecnologias operacionais que otimizem a utilização de energia em Fornos Elétricos a Arco (FEA) para reduzir seus custos. A injeção de oxigênio e a pós-combustão são normalmente usadas para fornecer energia química ao processo, contribuindo para reduzir o consumo de energia elétrica.
Durante as fases de aquecimento, fusão e refino da operação do FEA, o CO e outros compostos parcialmente queimados, são produzidos e escapam do forno carregando valiosa energia química armazenada com ele. A pós-combustão dessas espécies por injeção de oxigênio adicional, acima do banho de aço líquido, pode efetivamente capturar o calor com reações geradoras de calor e transferí-lo para o aço, reduzindo o consumo de energia, melhorando a produtividade do forno e reduzindo as emissões de CO. O objetivo é queimar o CO dentro do forno e evitar que esse gás saia do sistema pelo duto de exaustão, desperdiçando a importante energia química armazenada nele. Anteriormente, a pós-combustão estava em desuso, uma vez que a eficácia dos métodos tradicionais de análise é limitada, ineficiente e não consegue acompanhar em tempo real os picos de CO gerados, além de requerer frequentes manutenções e calibração de seus componentes.
Para viabilizar a utilização da pós-combustão, o time do projeto desenvolveu uma nova aplicação para o sistema OPTIVIEW TM da Linde, que mede em tempo real a quantidade de CO no forno e qual a necessidade de O2 para o processo por meio da captura de imagens da chama da queima. Dotada de uma câmera que monitora a produção, esta tecnologia elimina o atraso no tempo de resposta dos dados de CO emitidos pelo forno e realiza o controle dinâmico da injeção de oxigênio de pós-combustão.
Embora já houvesse a aplicação do OPTIVIEW em outros sistemas, o procedimento é inovador em escala global, pois nunca tinha sido utilizado na siderurgia. Com resultados promissores, tem alto potencial de replicação, sendo uma inovação que impacta setores econômicos ou sociais em escala mundial.
O OPTIVIEW TM torna o processo do cliente mais eficiente energeticamente, além de aumentar o consumo de oxigênio do processo. Pela primeira vez, o sistema é utilizado para esta aplicação, ou seja, é pioneiro globalmente como sistema de imagem utilizado para controle de pós-combustão. Ao utilizar somente a imagem da chama, o sistema é implementado de forma não invasiva no forno e elimina a exigência de sondas, analisadores de gás que precisam de calibração, regulagem e filtros em linha. (repetido do parágrafo anterior).
Os benefícios financeiros do projeto foram a reativação do sistema de pós-combustão do cliente, com consequente incremento do fornecimento de oxigênio, além da comercialização de todo o sistema de controle. Valor total de implementação foi de aproximadamente R$ 5 milhões.
A operação internacional da empresa foi responsável por fornecer a tecnologia utilizada e prestar suporte em sua implementação. No entanto, a operação brasileira participou ativamente em todas as etapas, desde identificação da necessidade do cliente, desenvolvimento da solução e adaptação da tecnologia para a aplicação inédita.
Green Mile - Logística de distribuição de cilindros
O Green Mile é um software utilizado para monitoramento em tempo real dos veículos que distribuem gases em cilindros (Packaged). A ferramenta, que começou a ser implementada no Brasil, na Argentina e no Peru, e deve ser replicada em toda a América Sul, busca garantir a execução das rotas conforme o planejamento realizado pelo centro de logística, além de tornar mais ágeis e eficientes os atendimentos emergenciais.
O sistema gera dashboards e notificações de eventos para acompanhamento de rotas e monitoramento de falhas e já conta com 100% da frota mapeada. A inovação está em linha com os objetivos de digitalização da empresa, ao reduzir operações que anteriormente eram realizadas via papel. Além disso, aumentou a efetividade de entrega, reduzindo custos e elevando a satisfação do cliente.
A White Martins conta com 32 estações de enchimento no Brasil, maior operação da companhia na América do Sul, e 44 nos outros seis países hispânicos. No Brasil, a distribuição é controlada pela Central de Logística Packaged (CLP), localizada em Bauru (SP), responsável pela roteirização e pelo monitoramento de cerca de 350 veículos que, além de transportarem cilindros para clientes industriais e medicinais, também carregam equipamentos de alta complexidade em oxigenoterapia. A CLP acompanha, em média, um atendimento de Packaged a cada 22 segundos, administrando demandas já programadas e pedidos que chegam via Central de Relacionamento. Após os caminhões saírem das unidades, os controladores desta central passam a acompanhar todo o percurso até a chegada dos cilindros ao destino, auxiliando as tripulações, se houver necessidade.
No caso dos Países Hispânicos, a tecnologia embarcada nos caminhões está consolidada na torre de controle (MIF – Monitoreo Integral de Flotas) que gerencia a logística destes veículos nos seis países em que a empresa atua na região, 24 horas por dia e sete dias por semana.
Motora - Mais segurança na distribuição
Para garantir as condições de trabalho ideais aos motoristas de veículos de distribuição de produtos e assegurar a confiabilidade e a segurança do sistema logístico de produtos líquidos, a White Martins utiliza tecnologias de monitoramento que visam reduzir a incidência de acidentes nas estradas. Uma delas, voltada para a segurança dos motoristas e dos ativos da empresa, é a Motora, sistema de monitoramento de fadiga e distração, desenvolvido em parceria com a startup capixaba Motoro.ai, que inclui tecnologia ADAS (Sistema Avançado de Assistência ao Condutor, na sigla em inglês). Por meio de câmeras e inteligência artificial, a ferramenta ajuda a reconhecer saídas de faixa sem uso da seta, placas de velocidades máximas permitidas e distância segura do veículo da frente, entre outros indicadores.
O objetivo é acompanhar e aprimorar não somente a técnica de condução, mas focar no comportamento do motorista, identificando oportunidades de aprendizado e melhoria. Por meio dessas câmeras eficientes, além de detectar sinais de fadiga ou distração – identificando se o motorista está com sono, fumando ou usando celular, o sistema também permite verificar se ele avançou em um sinal vermelho ou seu comportamento em casos específicos, como excesso de aceleração lateral e frenagem brusca. As imagens são enviadas para uma central de monitoramento que, por meio de um sistema de gerenciamento de riscos, faz o acompanhamento em tempo real. Em caso de desvio de conduta, um alerta é enviado imediatamente ao motorista.
Atualmente, cerca de 450 veículos já contam com a tecnologia Motora no Brasil, e a expectativa é concluir a instalação do sistema no restante da frota até o fim de 2023. Já os Países Hispânicos contam com a tecnologia Seeing Machine, que tem funcionalidades similares. Uma outra tecnologia já implementada em quase toda a frota aplicável é o EBS/RSS, sistema de controle de estabilidade que automaticamente assiste a direção do motorista, acionando um sistema de frenagem do veículo toda vez que este atinge a faixa limite de aceleração lateral, evitando, desta forma, o tombamento.
Trailer Monitoring e monitoramento de emissões
Dentre os novos projetos digitais, que devem ser implementados em breve na área de logística destaca-se o Trailer Monitoring. Com o suporte do time de Digital da Linde na Alemanha e a participação da startup brasileira 2Solve, foram desenvolvidos sensores que monitoram pressão, vácuo e uma série de indicadores das carretas em tempo real.
A ferramenta foi testada em um projeto-piloto em dez veículos da companhia em seu Centro de Distribuição de Líquidos de Vitória (ES). Com a aplicação desta tecnologia é possível obter, em tempo real, informações sobre volume e residual da carreta e sobre vácuo para permitir uma análise preditiva e evitar que o veículo entre em condições ATM (perda de vácuo). Até o fim de 2023, a White Martins deve instalar a ferramenta em mais 110 veículos.
Visando à ecoeficiência, a companhia desenvolveu, ainda, projetos com foco no acompanhamento e medição de emissão de CO2 e óxidos de nitrogênio (NOx) pelos veículos, em tempo real, por meio de um sensor adaptado no escapamento das carretas.
Implementamos um projeto-piloto que possibilitou monitorar a emissão de NOx de cada veículo, assim como realizar a manutenção para trazer os veículos para patamares aceitáveis pelos órgãos regulatórios.