White Martins reativa antiga planta de oxigênio em Manaus
24 fevereiro 2021
Após um intenso trabalho de análise, manutenção e a conclusão de todos os testes de segurança, a White Martins reativou nesta semana sua planta T15, localizada em Manaus (AM), que permitirá um incremento na produção local de oxigênio da companhia de cerca de 6 mil metros cúbicos por dia. Esta unidade estava inoperante desde 2009, época em que foi construída uma nova planta no município (T50), com capacidade muito superior à demanda de mercado da região.
Até então, a planta T50 operava apenas com 50% da capacidade de produção (cerca de 12 mil metros cúbicos), suficiente para atender todo o setor industrial e medicinal. Entretanto, com o agravamento da pandemia no Amazonas, a White Martins trabalhou para colocar a antiga T15 novamente em funcionamento.
A ação, que contou com a participação de mais de 100 profissionais terceiros e funcionários da White Martins, entre especialistas, engenheiros, técnicos e operadores da Fábrica de Equipamentos Criogênicos da empresa, precisou ser realizada em tempo recorde diante da demanda por oxigênio sem precedentes na região. A T15 está localizada no mesmo terreno da T50, que segue com sua capacidade de produção de 30 mil metros cúbicos de oxigênio por dia.
A iniciativa teve início em janeiro, com a análise da situação dos equipamentos da fábrica que seriam essenciais para a produção de oxigênio, como o cold box, equipamento capaz de resfriar gases a -196oC, separar o oxigênio das demais substâncias e liquefazer o gás. A unidade foi completamente desmontada e cada um dos seus componentes foi avaliado quanto a viabilidade de operação com segurança, além de substituições e outros reparos. Peças foram trazidas de diversas unidades do Brasil e itens críticos, como compressores e motores, foram reformados em São Paulo.
A operação teve o envolvimento da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar equipamentos de grande porte. Durante o trabalho de reativação da T15, a Honda também participou de maneira fundamental ao ceder profissionais e equipamentos, dar suporte à reconstrução de importantes áreas da planta e realizar reparos de peças em sua fábrica em Manaus.
A T15 começou a funcionar em fase de testes em fevereiro e entrou em fase 100% operacional no dia 15. A partir de agora, a T15 seguirá funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana, produzindo oxigênio líquido, com o revezamento de funcionários da White Martins por turnos, enquanto for necessário.
A White Martins seguirá cumprindo seu papel social e mobilizando todos os seus esforços para salvar vidas e disponibilizar a maior quantidade de oxigênio possível à Secretaria Estadual de Saúde, indo muito além das suas obrigações contratuais. O envolvimento da operação própria e de terceiros, com o suporte das Forças Armadas e dos governos em todas as esferas, é determinante para superar os desafios logísticos e manter a capacidade atual de fornecimento diante da situação de calamidade pública no estado do Amazonas devido à pandemia de COVID-19.
Em paralelo, é imprescindível que as autoridades de Saúde mantenham o monitoramento constante da sua demanda no Estado do Amazonas, sinalizando formalmente e de forma antecipada qualquer incremento, real ou potencial, do volume de gases, bem como eventuais expansões das unidades hospitalares que demandem oxigênio. Estes estabelecimentos são responsáveis pela gestão da saúde e têm acesso a dados que compõem o panorama epidemiológico da COVID-19, como o índice e a velocidade de contágio da doença, o crescimento da taxa de ocupação de leitos, a abertura de novos leitos, a implantação de hospitais de campanha, a quantidade de pacientes atendidos, bem como a classificação dos casos. A White Martins – como qualquer fornecedor deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda.